“A criatividade está no
trabalho do cientista, como no do artista; do pensador e do esteta; sem
esquecer os capitães da tecnologia moderna, e o relacionamento normal
entre mãe e filho” (Rollo May em “A coragem de criar”).
Inovação é a palavra do momento. A tendência é que só
as organizações inovadoras devem se manter no mercado. É necessário
criar necessidades, produtos, processos mais eficientes e soluções para
probleminhas cotidianos. Para tudo isso é preciso criatividade, palavra
de ordem quando o assunto é a famosa inovação. De acordo com Lívia
Brandão, professora de cursos de Gestão de Pessoas do IEC, psicóloga e
mestre em Engenharia de Produção, a criatividade está relacionada à
busca de alternativas para uma situação em que as respostas
convencionais já não bastam para solucioná-la. Assim, a criação pode
estar associada a qualquer área de atuação, não apenas às clássicas
publicidade, design, comunicação, arquitetura etc.
A professora explica ainda que existem três tipos de
criatividade: genial, autêntica e cotidiana. A primeira pode ser
representada pelas invenções; a segunda é a que as pessoas demonstram
quando criam, inovam, ou melhoram produtos e serviços, utilizando-se de
suas competências e, a última, é quando as pessoas solucionam situações
cotidianas.
“Sem dúvida, o mercado precisa de profissionais,
primeiramente, capazes de identificar os problemas que precisam ser
resolvidos e, a partir daí, propor soluções que funcionem”, ressalta a
professora Renata Alencar, coordenadora da pós-graduação em Processos
Criativos em Palavra e Imagem, do IEC. Ela esclarece que as práticas
criativas são catalisadoras da inovação e que o profissional a se
destacar será aquele com potencial para a inovação, que desenvolveu suas
habilidades criativas.
A criatividade é considerada uma faculdade da
inteligência, assim pode ser desenvolvida, exercitada e estimulada. Para
isso, a coordenadora sugere que as pessoas aumentem seu repertório
estético e técnico, se cerquem de informações em múltiplas versões e
busquem o exercício da associação, de maneira humanizada. A professora
Lívia completa que é importante se permitir a ousadia, o questionamento,
a imaginação e a descontração no ambiente de trabalho, além disso, as
pessoas podem ocupar-se com atividades e hobbies que estimulem o
pensamento diferenciado e divergente, tentar ver as situações sob vários
prismas e ouvir pontos-de-vista diferentes.
Porém, apesar da importância da criatividade, Lívia
ressalta que “as organizações e seus profissionais devem analisar quando
se quer, se pode e se deve dar asas à imaginação”, uma vez que alguns
processos precisam de exatidão. Exceto nestes casos, a criatividade é
benvinda e para exercitá-la os profissionais precisam aprender a pensar
“por que não?”.
Dicas de Leitura: - O jeito mais eficiente de ser criativo
-
10 frases de homens de negócios sobre inovação
- MASI, Dominique de. Criatividade e grupos criativos: fantasia e concretude. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
- OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 21 ed. Petrópolis: Vozes, 2007. 187 p.
- May, Rollo. A coragem de criar.Riuo de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.